segunda-feira, 29 de junho de 2009







Guerra do Contestado



A História da Guerra do Contestado, causas da revolta, monge José Maria, início dos conflitos e o fim da Guerra




A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009


OS INDIANOS

Ninguém é igual a ninguém, na maior democracia do mundo. A vida de cada indiano ŕ formada por doses desiguais de fé , machismo e uma hierarquia milenar baseada em castas. Para alguns, uma combinação definida já na hora do nascimento é imutável por toda a vida.
já na largada, as regras não são as mesmas pra todo mundo. Mal sai da barriga da mãe, e o bebê indiano já ganha um rótulo. Entra em uma das quatro castas de uma hierarquia social ditada pelo hinduísmo, que pela ordem tem os sacerdotes ou brâmanes, depois reis e guerreiros (xátrias), marcadores e produtores (vaixás) e servos (sudras).
É um esquema que divide o trabalho entre a sociedade e garante que sempre haja um grupo cuidando da religião, da organização política, do comércio e dos serviços.
Só que nem todo mundo se encaixa em algumas dessas castas. Os excluídos da hierarquia são os “intocáveis”, conhecidos como dalits. Não podia ter sobrado destino pior para eles: ficaram com as tarefas consideradas impuras, que ninguém mais faz, como limpar excrementos. Dalits são considerados tão sujos, mais tão sujos que ninguém de outra casta deve tocá-los. Não muito tempo atrás, até a sombra deles fazia qualquer brâmane sair correndo para não se contaminar.
Não há escapatória: como a casta esta ligada ao nascimento, subir ou descer um degrau na hierarquia é impossível. Na prática pelo menos, porque a teoria é outra: na década de 1950, a Índia declarou todos iguais perante a lei, e proibiu o termo “Intocável”. Mas lei é igual na Índia e no Brasil: tem as que pegam e tem as que não pegam. A das castas não pegou. Quase 60 anos depois, o sistema esta vivo. Tanto que muito católico e muçulmano adotou a ciranda das castas.
Em alguns lugares os dalits não podem coletar água nos mesmos poços dos brâmanes. Não podem freqüentar a mesma escola. Não podem entrar nos templos. Não podem cozinhar para os outros. Não são atendidos por médicos em hospitais. São rejeitados por barbeiros. São os únicos a ocupar os cargos da faxina, e não conseguem outros empregos além desses. Recebem no chão a comida que compram.
Nas cidades as casas são como casebres e nesses casebres vivem os dalits, já nas casas maiores, que mais parecem castelos vivem as pessoas da casta alta. Em Mumbai, a cidade mais rica da Índia, há bairros diferentes para castas diferentes, numa divisão informal. Nas comunidades de maioria brâmanes, existem prédios residenciais.


FAMILIA

No final do século XIX, os britânicos farejaram algo de estranho no perfil da população da Índia, então sobre seu domínio. Eles notaram que a proporção de mulheres para homens no país estava caindo, sem motivo aparente. Procuraram a explicação em doenças, nos dados da mortalidade, em um fenômeno mundial. Nada. Demorou até que eles entendessem o que vinha acontecendo. A população estava assassinando suas meninas.
Para os indianos aquilo não era um absurdo. O nascimento de um filho homem era e ainda é , um dons acontecimentos mais importantes para uma família do país. Um menino representa a continuidade de linguagem do clã e a garantia de sustento para os pais o futuro. Tudo o que uma menina não pode dar.
quando adulta, uma indiana se casa e deixa a família de origem. Sua identidade e seus bens ficam atrelados ao novo clã. E, além de tudo, seus pais tem de economizar dinheiro para dar o dote – uma série de presentes – à família do noivo. Diante disso tudo,muitas famílias simplesmente concluíram que não valia a pena investir na criação de uma menina para que outra família colhesse os lucros.
Os assassinatos são o retrato de como a vida de homens e mulheres são diferentes na Índia. Esse é definitivamente, um pais masculino. Ver mulheres nas ruas, especialmente a noite, pode ser coisa rara em muitas cidades e vilas do país. Elas geralmente ficam em casa, com a missão de cuidar das tarefas domésticas.
O desequilíbrio na proporção de homens e mulheres faz com que noivos sejam obrigados
a viajar para encontrar noivas em outras cidades e estados. Os que tem dinheiro compram uma pessoa, por um preço menor que o de um búfalo. Os que não tem, as vezes
seqüestram e levam para casa. Quem não tem dinheiro ou vocação para o crime divide uma única esposa com os irmãos. A garota compartilhada ganha quase o status de prostituta.
O dote esta disseminado por todas as castas e religiões da Índia. Mas algumas mulheres estão deixando essa pratica pra trás.
Quando o marido morre, uma hindu deve fazer votos de castidade, que inclui raspar a cabeça e usar vestes brancas. Muitas partem para as cidades sagradas pra o hinduísmo, principalmente Vrindavam, perto de Délhi. Lá as mulheres morram em viuvários. Nem todas buscam alento espiritual nas comunidades. Algumas são expulsas pelas famílias por não terem como contribuir com as despesas. Outras saem porque se sentem desprotegidas sem o marido.

CULTURA

Na religião não há um só Deus, há vários: Shiva é considerado um destruidor, porém indispensável para a criação do mundo; Ganesh, aquele com a cabeça de elefante, deus da boa sorte.
Monges Jainistas são muito conservadores, usam máscaras na boca, para evitar engolir algum inseto, ou andam com vassouras, para não pisar um uma barata.
Uma terceira dissidência do hinduísmo apareceu no século 15 – os sikhs. Eles acreditam que todos os seres são iguais. Fazem grandes refeições gratuitas em seus templos, mesmo para não adeptos. É fácil identifica-los nas ruas: eles usam turbantes para guardar os cabelos, porque não devem cortar qualquer pelo do corpo, como um símbolo de simplicidade. E, assim, isso inclui as mulheres.

sexta-feira, 5 de junho de 2009



INFORMATIZAÇÃO NAS ESCOLAS


O programa nacional de informática na educação dedica-se ao processo de informatização e formação de pessoal para o uso de novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.

A discussão atende a vários objetivos: livrar-se do pagamento de licenças sobre softwares proprietários, substituindo-os por equivalentes livres de licença; incentivar a industria de desenvolvimento e produção de software nacional; garantir independência e autonomia frente aos produtores, pois a utilização de software livre permite o conhecimento do código que constitui o programa do computador.

Para as escola usa-se os software livres, com dois sistemas operacionais: MSwindous e Linux. O objetivo maior é trabalhar com os diversos elementos que permitirão o êxito dessas novas tecnologias.


O ALEMÃO FRITZ MÜLLER EM SANTA CATARINA

Num lugar distante, de clima imprevisível, com animais estranhos e plantas desconhecidas. Quando o alemão Fritz Müller chegou ao interior de Santa Catarina, em 1852, era como se pousasse em outro planeta. Um planeta onde ele realizou estudos minuciosos, que lhe renderam fama internacional e o apelido de “príncipe dos exploradores” - cortesia de seu fã, Charles Darwin. O fascínio pela fauna e flora abaixo do Equador foi o que atraiu o médico e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, um deserto verde onde dois anos antes Hermam Blumenau havia criado uma colonia alemã batizada com seu sobrenome. Müller, não se entendeu como o fundador luterano e mudou-se para Desterro (hoje, Florianópolis). Foram 11 anos como professor de matemática e aluno autodidata da vida marinha. Tudo lhe interessava: dissecou plantas plantas para entender a composição de seus órgãos, estudou as asas das borboletas, descreveu a organização social das formigas, pesquisou os formatos das colméias e analisou os hábitos das águas-vivas e pássaros. Entre crustáceos, insetos, aves e plantas, o alemão identificou 248 novas espécies. O alemão jamais deixou o Brasil. “ Não troco o meu mato pela Europa”, dizia. Admirável como o mais notável dos naturalistas brasileiros, Müller morreu em Blumenau em 1897, quando tinha 75 anos e pesquisava bromélias – uma planta pela qual jamais se interessava, mais que vinha cultivando para atender ao desejo dos dois netos de tê-las no quintal.

Em Busca Do Saber

A cada novo dia, o professor brasileiro tem encontro marcado com o conhecimento. Nas mais populosas ou remotas regiões do pais, em salas de aula improvisadas ou diante de modernos equipamentos, sozinho ou com os colegas, ele tem apostado na educação como um processo permanente. Com menor ou maior apoio dos governos municipal, estadual e federal, os profissionais da educação estão marcando em cursos de aperfeiçoamento, graduação e pós-graduação e procuram fazer a sua parte no processo de construção de um novo modelo educacional para o país.
A curva ascendente da participação dos professores em iniciativa voltadas ao aperfeiçoamento profissional contrasta, muitas vezes, com a imobilidade de seus rendimentos. Os baixos salários e a necessidade de buscar outras fontes de renda muitas vezes sopram no ouvido de cada profissional a tentação de deixar a carreira ou de postergar indefinidamente a adesão ao movimento de formação continua. Mesmo diante de uma realidade ás vezes pouco generosa, os professores estão dispostos a dar sua contribuição.
Ao mesmo tempo que enfrenta, muitas vezes, uma situação difícil na educação, o decente tem demostrado uma postura muito positiva na busca de novos cursos para o seu aperfeiçoamento.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

FAMILIA

Família normal

Família normal?



Será que hoje em dia alguém consegue dizer o que é uma família normal? Depois que a Constituição trouxe o conceito de entidade familiar, reconhecendo não só a família constituída pelo casamento, mas também a união estável e a chamada família monoparental - formada por um dos pais com seus filhos -, não dá mais para falar em família, mas em famílias


Casamento, sexo e procriação deixaram de ser os elementos identificadores da família. Na união estável não há casamento, mas há família. O exercício da sexualidade não está restrito ao casamento - nem mesmo para as mulheres -, pois caiu o tabu da virgindade. Diante da evolução da engenharia genética e dos modernos métodos de reprodução assistida, é dispensável a prática sexual para qualquer pessoa realizar o sonho de ter um filho.


Assim, onde buscar o conceito de família? Esta preocupação é que ensejou o surgimento do IBDFAM - Instituto Brasileiro do Direito de Família, que há 10 anos vem demonstrando a necessidade de o direito aproximar-se da realidade da vida. Com certeza se está diante um novo momento em que a valorização da dignidade humana impõe a reconstrução de um sistema jurídico muito mais atento aos aspectos pessoais do que a antigas estruturas sociais que buscavam engessar o agir a padrões pré-estabelecidos de comportamento. A lei precisa abandonar o viés punitivo e adquirir feição mais voltada a assegurar o exercício da cidadania preservando o direito à liberdade.


Todas estas mudanças impõem uma nova visão dos vínculos familiares, emprestando mais significado ao comprometimento de seus partícipes do que à forma de constituição, à identidade sexual ou à capacidade procriativa de seus integrantes. O atual conceito de família prioriza o laço de afetividade que une seus membros, o que ensejou também a reformulação do conceito de filiação que se desp rendeu da verdade biológica e passou a valorar muito mais a realidade afetiva.


Apesar da omissão do legislador o Judiciário vem se mostrando sensível a essas mudanças. O compromisso de fazer justiça tem levado a uma percepção mais atenta das relações de família. As uniões de pessoas do mesmo sexo vêm sendo reconhecidas como uniões estáveis. Passou-se a prestigiar a paternidade afetiva como elemento identificador da filiação e a adoção por famílias homoafetivas se multiplicam.


Frente a esses avanços soa mal ver o preconceito falar mais alto do que o comando constitucional que assegura prioridade absoluta e proteção integral a crianças e adolescentes. O Ministério Público, entidade que tem o dever institucional de zelar por eles, carece de legitimidade para propor demanda com o fim de retirar uma criança de 11 meses de idade da família que foi considerada apta à adoção. Não se encontrando o menor em situação de risco fa lece interesse de agir ao agente ministerial para representá-lo em juízo. Sem trazer provas de que a convivência familiar estava lhe acarretando prejuízo, não serve de fundamento para a busca de tutela jurídica a mera alegação de os adotantes serem um "casal anormal, sem condições morais, sociais e psicológicas para adotar uma criança". A guarda provisória foi deferida após a devida habilitação e sem qualquer subsídio probatório, sem a realização de um estudo social ou avaliação psicológica, o recurso interposto sequer poderia ter sido admitido.


Se família é um vínculo de afeto, se a paternidade se identifica com a posse de estado, encontrando-se há 8 meses o filho no âmbito de sua família, arrancá-lo dos braços de sua mãe, com quem residia desde quando tinha 3 meses, pelo fato de ser ela transexual e colocá-lo em um abrigo, não é só ato de desumanidade. Escancara flagrante discriminação de natureza homofóbica. A Justiça não pode olvidar que seu compromisso maior é fazer cumprir a Constituição que impõe respeito à dignidade da pessoa humana, concede especial proteção à família como base da sociedade e garante a crianças e adolescentes o direito à convivência familiar.