sexta-feira, 5 de junho de 2009


O ALEMÃO FRITZ MÜLLER EM SANTA CATARINA

Num lugar distante, de clima imprevisível, com animais estranhos e plantas desconhecidas. Quando o alemão Fritz Müller chegou ao interior de Santa Catarina, em 1852, era como se pousasse em outro planeta. Um planeta onde ele realizou estudos minuciosos, que lhe renderam fama internacional e o apelido de “príncipe dos exploradores” - cortesia de seu fã, Charles Darwin. O fascínio pela fauna e flora abaixo do Equador foi o que atraiu o médico e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, um deserto verde onde dois anos antes Hermam Blumenau havia criado uma colonia alemã batizada com seu sobrenome. Müller, não se entendeu como o fundador luterano e mudou-se para Desterro (hoje, Florianópolis). Foram 11 anos como professor de matemática e aluno autodidata da vida marinha. Tudo lhe interessava: dissecou plantas plantas para entender a composição de seus órgãos, estudou as asas das borboletas, descreveu a organização social das formigas, pesquisou os formatos das colméias e analisou os hábitos das águas-vivas e pássaros. Entre crustáceos, insetos, aves e plantas, o alemão identificou 248 novas espécies. O alemão jamais deixou o Brasil. “ Não troco o meu mato pela Europa”, dizia. Admirável como o mais notável dos naturalistas brasileiros, Müller morreu em Blumenau em 1897, quando tinha 75 anos e pesquisava bromélias – uma planta pela qual jamais se interessava, mais que vinha cultivando para atender ao desejo dos dois netos de tê-las no quintal.

Um comentário:

  1. Muito legal você ter falado de Fritz Muller uma hitoria de vida entanto sem falar que o cara foi contemporaneo de charles Darwim, ou melhor foram amigos pessoais legal mostra que você tem cultura e o seu blog tem conteudo

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